terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A janela invernal na Itália

Futebolisticamente, um conturbado janeiro, com Copa da Ásia, Copa Africana de Nações, Sul-Americano e Concacaf sub-20 - além, é claro, das tradicionais ligas europeias. Porém, em meio à isto, o mercado de transferências esteve aberto. E, assim como o inverno europeu, frio. 

Na Itália, contudo, alguns  clubes resolveram se mexer e fizeram certas aquisições. Então, vamos projetar o futuro destes.

Destro: de Roma à Milão (foto: Divulgação/A.C. Milan)

Atalanta

Possuindo o 2º pior ataque da Serie A - só à frente do sempre defensivo Chievo -, as principais contratações buscaram melhora neste sentido. Urby Emanuelson e Mauricio Pinilla. Ambos já estrearam, e Pinilla até marcou um gol. Porém, no reativo 4-4-2 (com ou sem bola) de Stefano Colantuono, o posicionamento do holandês ainda é incógnita. Abaixo, duas opções. A primeira é a mais provável.

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Fiorentina

Negócios da China. Assim podem ser classificadas as contratações da Fiorentina. No sentido literal, mesmo. Daniele Pradé, diretor esportivo do clube, foi ao lado oriental do planeta e retornou com Alessandro Diamanti e Alberto Gilardino - ambos emprestados pelo Guangzhou Evergrande. Também foi efetivo ao negociar Juan Cuadrado, em uma transação que rendeu 35 milhões de euros e a chegada de Mohamed Salah. Com novas peças, espera-se mais de Montella. Que deve optar por 3-5-2 (5-3-2 na fase defensiva) ou 4-3-1-2 (com ou sem posse).

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Inter

Dentre os novos atletas, grande parte já estreou. Podolski, Shaqiri e Brozovic, no caso; Santon ainda não. As ideias de Mancini são claras: 4-2-3-1 (sem a bola, 4-4-1-1), extremos buscando o centro e maior responsabilidade aos laterais. Para tal, em um elenco carente, mandou o diretor esportivo Piero Ausilio ao mercado. Conseguiu dois bons wingers, um passador com margem de crescimento e retorno de Davide Santon - gastando pouco (ou nada) com todos. Foi um mercado decente, isto é indiscutível. Contudo, se dividindo em três competições, não será fácil seguir dando sua cara ao grupo. Planos vão um pouco além de 2014-15.

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Milan

Inzaghi fica? Inzaghi sai? Bom, não há como saber. Por ora, o Milan deixa de atirar mais um ídolo à fogueira e banca Filippo. Dá, também, novos nomes ao ex-centroavante. Cerci, Suso, Bocchetti, Destro, Antonelli e Paletta chegaram à Milanello neste inverno. Nada que mude o patamar, mas o suficiente para competir em bom nível. Já eliminado da Coppa Italia e bem distante de qualquer competição continental, resta focar na Serie A e tentar um papel mais digno. Ainda não se sabe quais variações serão utilizadas, pois 4-3-3 (que fecha espaços num 4-1-4-1) da primeira parte da temporada não deve continuar. Algumas possibilidades abaixo.

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Sampdoria

Massimo Ferrero pode ser maluco, pirado e lunático. Entretanto, após anos de mediocridade, foi ele quem recolocou a Sampdoria no centro da Itália. Neste mês, perdeu Manolo Gabbiadini, mas contratou Samuel Eto'o, Luis Muriel, Alberto Frison, Modibo Diakité, Afriyie Acquah e Joaquín Correa - além de atletas menos badalados. Auxiliado por Carlo Osti, seu diretor esportivo, montou um belo grupo para Sinisa Mihajlovic. Que, contando com todos, deve retornar ao 4-3-3 (4-1-4-1 na fase defensiva). Sempre fechando muito bem os espaços.

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Mesmo com diversas transações internas, os italianos conseguiram movimentar a fraca janela de inverno. Assim, até o fim da Serie A, se espera um nível mais elevado e maior competição. Talvez, o trabalho de modernização esteja sendo iniciado. Ainda que ninguém saiba onde vai dar, e nem se esta é a forma mais correta de fazê-lo. Porém, sem tantos recursos, brilha um fio de esperança. Distante, quase invisível. Mas brilha.

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