terça-feira, 5 de maio de 2015

Juventus engole Real Madrid, vence e se aproxima de Berlim

Nesta terça-feira (5), Juventus e Real Madrid jogaram a primeira semifinal da Liga dos Campeões 2014-15. Em uma partida interessantíssima, Massimiliano Allegri mostrou que pode competir no mais alto nível futebolístico - e vencer. Com um 2 a 1, juventinos controlaram equipe de Carlo Ancelotti. Uma exibição histórica, apontando o caminho para Berlim, palco da decisão da competição.

Juventus deu grande passo rumo à decisão (foto: Reprodução)

Juventus, inicialmente, compôs 4-3-1-2 (hoje, pontual 4-4-2 sem a bola). Allegri optou por mais controle, deixando Roberto Pereyra no banco e Stefano Sturaro em campo. Assim, no meio, apenas um atleta hiperativo - Arturo Vidal. Que foi chave para triunfo italiano, realizando diversas funções vitais. Desde geração de espaços, já que era elétrico e não parava; passando por consistência, pois acompanhava Toni Kroos durante pressing posicional, mas, depois deste primeiro ataque, se alinhava à Andrea Pirlo e evitava cessão dos flancos, criando uma linha menos balanceável. E foi com participação de Arturo - de Claudio Marchisio, também - que nasceu o gol de Álvaro Morata. Como ocorreria muitas vezes mais, Kroos foi atraído, abrindo espaço às suas costas. Carlos Tévez atacou vácuo, gerando jogada do tento.

Com internos passadores (Marchisio-Sturaro), o esperado: pausas, equilíbrio e linhas de passe sempre disponíveis. Em ataques posicionais, largos e se associando à laterais. Uma excelente 1ª etapa bianconera, em que permissões foram poucas e posse eficaz. No 2º tempo, tento juventino surgiu a partir de algo corriqueiro, as acelerações a partir do terceiro quarto do gramado. Tévez, após percorrer bons metros, sofreu pênalti. Batido, com sucesso, pelo mesmo. Depois disto, 3-5-2 (na fase defensiva, 5-3-2) e total controle. Defesa a 3, esta, que deverá retornar no Santiago Bernabéu. Pelas circunstâncias, melhor atuação da Juve na temporada. Um triunfo que leva vida europeia à Turim, que deixa claro que sonhar é muito possível.

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Como confronto se iniciou

Real Madrid desenhou 4-4-2 (igual nas duas fases), tendo Gareth Bale no ataque. Também com pressing posicional e agressão desde o começo, algo um tanto prejudicado por Cristiano Ronaldo, que não tinha intensidade necessária e tirava eficácia da ação. Precoce gol de Morata piorou ainda mais as coisas, já que rivais ganharam sustentação e passaram mais minutos em defesa posicional. O que obrigava madridistas a criar espaços, objetivo sempre complicado sem Luka Modric. Faltava jogo entre linhas, opções de passe que realmente levassem, em boas condições, conjunto à frente. Circulação se tornava débil. Muito por Ronaldo, que pouco contribuiu neste sentido - quando o fez, coletivo cresceu. Boa notícia era não sofrer tanto contra desmarques de ruptura do adversário.

Nos 45' finais, após 2 a 1, imposição demorou a chegar. O que só aconteceu com abafa e cruzamentos, sem elaboração. Antes disto, Ancelotti tirou Isco, jogador que mais gerava futebol na equipe. Maior atascamento não foi por acaso. Como bem diz a terceira lei de Newton, para toda ação há uma reação igual ou de maior intensidade. Cada vez com menos desmarques de apoio, Real ainda tentou até o fim. Confronto após confronto, a ausência de Modric pesa. Ninguém é como o croata, ninguém se mantém ali por muito tempo. Aparentemente, até será Sergio Ramos, mas apenas por falta de alternativas.

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O fim do cotejo

Para a volta, se espera um panorama semelhante ao da parte final. Onde serão fundamentais, novamente, Carlos Tévez e Álvaro Morata. Suas conduções, seus desmarques de ruptura e grande capacidade de serem "cavalos" estarão à mostra. No outro lado, será preciso gerar jogo. Dito isto, será necessário apoio à Toni Kroos. Por parte de todos, até do mais vaidoso atleta. Pois, às vezes, só cota de gols não é o suficiente.

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