terça-feira, 25 de agosto de 2015

Valencia perde para Monaco, mas avança na Liga dos Campeões

Nesta terça-feira (25), Monaco e Valencia decidiram uma vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões 2015-16. Com tempos bastante distintos, espanhóis avançaram na competição, mesmo perdendo por 2 a 1. Isto porque, no estádio Mestalla, valencianos haviam imposto 3 a 1.

Álvaro Negredo, herói valenciano (foto: Reprodução)

Monaco desenhou rotineiro 4-2-3-1 (4-4-1-1 na fase defensiva), com escalação para gerar muito futebol e alcançar remontada. Porém, já aos 4', Fabinho errou e Álvaro Negredo abriu marcador. Tento que só dificultou problemático cenário monegasco, complicado desde o primeiro minuto. Porque, apesar dos nomes, equipe de Leonardo Jardim não teve facilidade para reter balão e rodá-lo com qualidade - algo habitual, presente no embate de ida e em 2014-15. Possuindo mínimos desmarques de apoio em conjunto e apenas algumas ações isoladas que não tiram atasco, clube de Dmitry Rybolovlev atolava-se facilmente em ataques posicionais. Assim, evidenciando enorme debilidade, inúmeras tentativas de jogo direto para um Anthony Martial que garante pouco por cima. Fora baixas energias, resultando em passividade e falta de roubos.

Desta maneira, ainda com Valencia minimizando riscos na saída, Monaco só teve possibilidade de assustar em ocasionais contragolpes e bolas paradas - empate surgiu assim. Sem mecanismos definidos, tendo infrutífero jogo de intuições - nem todos são como Bernardo Silva e Anthony -, conjunto foi engolido na 1ª etapa, com ou sem posse. 2ª, entretanto, já se iniciou de forma diferente. Bernardo passou a mendigar espaços, tornou-se hiperativo e, com ajuda de um grande Martial, liderou trupe de Jardim. Que conseguiu manter balão, conectar atletas, manejar melhor linhas de marcação espanholas e diminuir controle rival. Em seus minutos mais lúcidos na eliminatória, Monaco fez 2 a 1 e só não empatou somatória por intervenções "Mat" Ryan. Mas acabou, fim de competição para os do principado, que apresentaram fragilidades claríssimas.

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Cenário inicial

Valencia formou usual 4-3-3 (sem a bola, 4-1-4-1), possuindo Javi Fuego e Álvaro Negredo desde o começo. Auxiliados pelo precoce e belíssimo tento de Negredo, valencianos expuseram controlador planejamento de Nuno Espírito Santo. Bem receptadas por Álvaro, ligações diretas serviram para saltar possíveis linhas de pressão, ganhar metros e tirar riscos de sair por baixo - isto chegou a pesar negativamente no confronto de ida; mesmo após pisar na metade adversária, em contrapartida ao que ocorre habitualmente, conjunto manteve busca por controle e ritmo baixo, sem verticalizar e acelerar ações - detalhe aceito pelo Monaco; por fim, em defesa posicional, baricentro um pouco mais baixo e enorme ajuda dos rivais para atascar estes. Alternando tais aspectos, Valencia dominou e controlou 1º tempo quase perfeito, em ótimo nível futebolístico.

Empurrado no 2º, time da Espanha ainda mostrou-se extremamente equilibrado até virada monegasca, aos 75'. Até tal momento, ainda que claramente menos influente no contexto da partida, equipe foi capaz de "respirar" constantemente, afastando-se da meta de Mathew Ryan várias vezes - pouquíssimas transitando, é verdade. Contudo, depois do 2 a 1, apenas acúmulo de homens atrás da esfera e arqueiro australiano puderam parar ataques oponentes. Espanhóis terminaram duelo um tanto desorganizados, mas eliminatória apresentou-se muito destacável.

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Como cotejo terminou

Exibindo problemas novos (defendendo-se, posicionalmente ou em transições) e debilidades já conhecidas (em ataques posicionais, nada planejados), Monaco não tem tantos traços positivos a tirar destes dois embates. Fora individualidades, como entendimento de jogo de Martial, Bernardo Silva e Jeremy Toulalan; ou forma como Thomas Lemar geriu circulação hoje. Valencia pode se orgulhar mais, soube construir desde tradicionais ideias ou adaptar-se à novas, atingiu instantes excelentes em todas as quatro situações "normais" que futebol apresenta. Justo que avance.

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