sábado, 6 de junho de 2015

Em Berlim, Barcelona derrota Juventus e leva Liga dos Campeões

Neste sábado (6), Liga dos Campeões 2014-15 teve seus últimos minutos de respiro. Após toda a temporada, finalmente chegou o momento mais aguardado - ainda que seja possível listar inúmeras partidas superiores. Em Berlim, confronto de debilidades e 3 a 1 para Barcelona, que consagra estupendo semestre do clube catalão.

Continente volta a ser barcelonista (foto: Reprodução)

Juventus compôs esperado 4-3-1-2 (4-4-2 na fase defensiva), como na eliminatória (ida e volta) contra Real Madrid. Desde o começo, time de Massimiliano Allegri teve pressing posicional, que perdurava até rival se aproximar de seu campo - e, posteriormente, estabelecer-se no mesmo. Contudo, pouco intensa e exigindo demais de internos - Claudio Marchisio e Paul Pogba tinham de seguir, cada um, dois atletas -, ideia não possuiu tanta eficácia. Já tendo cedido território e fazendo pouco para dificultar circulação blaugrana, juventinos apresentavam falha defesa posicional. Basculações incorretíssimas, lado fraco das jogadas sempre inabitado, possibilitando inversão e campo aberto. Assim, por exemplo, nasceu primeiro tento da equipe de Luis Enrique. Do flanco destro ao canhoto, dali ao fundo da meta italiana.

Natural que isto ocorresse, como já aconteceu antes. Basicamente, sem a bola, dois não wingers realizando funções de tal e balançando de forma incorreta a todo instante. Até impediram fluência espanhola por dentro, mas tudo era destruído por fora - conjunto estreito. Não tão menos importante, altura da linha defensiva também prejudicou solidez bianconera. Para minimizar riscos, esteve muito recuada, o que possibilitou vácuo e jogo à sua frente. Nos raros períodos de posse (ao fim do 1º tempo, 34%), mínimas tramas realmente válidas. Na parte inicial da finalíssima continental, simplesmente não houve competição por parte da Juve.

Retorno para 2ª etapa não trouxe alterações no panorama. Ao menos, até os 55', quando Álvaro Morata empatou cotejo. Depois, tomada pela confiança e por um existente clima de virada, Juventus buscou superioridade futebolística e transformou embate em algo puramente transicional. Ainda que sofresse posicionalmente, um erro. Pois equipe perdeu oportunidades, não virou, passaram-se minutos e qualidade barcelonista logo pesou. 2 a 1, naquele contexto, praticamente significava derrota. Nem houve um longo abafa turinês, e tudo terminou no gol de Neymar, o 3 a 1.

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Início do cotejo

Barcelona desenhou habitual 4-3-3 (4-4-2 sem a posse). Para localizarem e verem surgirem espaços, espanhóis tentaram circular esfera, tranquilizar seu jogo e inverter lado constantemente. Dentro disto, grande Sergio Busquets e um fundamental Lionel Messi. Porque não era necessário fazer tanto, Juventus era débil e certamente cederia coisas. Questão era rodar bola, atrair comandados de Allegri para uma beirada e ativar a outra. Nesta, desamparada por conta das equivocadas basculações, tempo e espaços à disposição. Consequentemente, metros. Pressing agressivo, marcante desde a época de Josep Guardiola, também presente. Problema maior se encontrava depois, nas transições defensivas ou momentos de defesa posicional. Absurdo descontrole, muito maior do que o habitual. Sustos e mais sustos.

Nos 45' decisivos, ainda antes do empate, diversos exemplos desta desconexão. Após, então, o auge. No caos que havia se transformado duelo, virada italiana não se deu por bem pouco. Quando Messi resolveu mostrar o quanto é histórico. Único a continuar gerando futebol, mantendo frescura mental e precisão. O homem do 2 a 1, chave para tudo. Dali até último apito, Barça ainda manteve adversários distantes de sua área e marcou outra vez.

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Como acabou a competição

Considerando apenas finalíssima, observando 2015, levando em conta toda a caminhada na competição ou utilizando qualquer outro critério, difícil não enxergar título catalão como merecido. Troféu de Xavi Hernández, de Lionel, do trio "MSN", do não jogo de posição, de Luis Enrique. Juve, que enfrentou trilha menos complexa, também pode se orgulhar. Apesar das imperfeições, objetivava quartas de final e atingiu Berlim. Colocou a Itália em Berlim. Agora, serão longuíssimos meses sem maior torneio da Europa. Uma vez mais, o mundo sofrerá até seu retorno. Que não demore.

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