terça-feira, 12 de maio de 2015

Barcelona perde para Bayern, mas avança e vai à Berlim

Nesta terça-feira (12), Bayern de Munique e Barcelona disputaram a segunda partida da eliminatória, válida pelas semifinais da Liga dos Campeões 2014-15. Em um jogo um tanto diferente do esperado - e do duelo de ida -, "Pep" Guardiola esteve em evidencia. Contudo, Lionel Messi foi novamente decisivo e aniquilou chances bávaras. No final, Bayern venceu por 3 a 2.

 Neymar comemora seu primeiro gol (foto: Reprodução)

Guardiola, apesar de ter mantido nomes do cotejo de ida, surpreendeu e optou por um assimétrico 4-3-3 (sem a bola, 4-4-2). Com Philipp Lahm partindo da ponta direita, Bastian Schweinsteiger e Thiago Alcântara internos e ninguém, com exceção de Juan Bernat, lateral, ocupando extremidade esquerda. Algo estranho, mas que, logicamente, tinha um objetivo. "Pep" buscou aproveitar lenta recomposição de Messi, prendendo, com Bastian, Ivan Rakitic ao centro - tirando proteção de Lionel, logo - e liberando corredor à Bernat, que teria apenas Daniel Alves à frente. O que deu relativamente certo, já que houve certa fluência pelo setor. Porém, grande problema esteve na fase defensiva. Possuindo inúmeras cessões, sobretudo pelas beiradas, e com um Xabi Alonso menos sustentável que o da ida, casa bávara não demorou a cair. Messi era facilmente ativado, ativava companheiros e tudo se perdia. Foi assim no primeiro gol de Neymar.

Basicamente, Josep foi suicida. Criou bastante, marcou cedo e poderia ter feito outros gols. Mas impôs partida transicional, permitiu espaços ao trio "MSN". Arriscou tudo, mesmo tendo noção das futuras reações. Para os 45' finais, entretanto, 4-3-3 (4-1-4-1 sem a posse) mais normal e tentativa de embate posicional, com maior segurança. Onde Bayern teve absoluto controle, sofrendo pouquíssimo - apenas uma finalização do Barcelona. Bons minutos, de coesão, elevados pela virada e marcados por saída lavolpiana - a partir de Xabi -, sempre presente nesta temporada. No final de tudo, inegável que desfalques alemães condicionaram eliminatória. Com todos à disposição, seria outra coisa. Muito por isto, difícil criticar coletivo. Que, ainda assim, foi eliminado com extrema dignidade.

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Começo do confronto

Barcelona compôs seu imutável 4-3-3 (que fecha espaços em um 4-1-4-1), tendo seu jogo facilitado por agressividade e permissões do time da Baviera. Com tanta liberdade, trio de ataque demorou pouco tempo para marcar. Para variar, em um genial desequilíbrio de Lionel Messi, que participou de todos os tentos blaugranas na eliminatória. Naquele pequeno caos da 1ª etapa, argentino brilhou. Apesar disto, Barça possibilitou diversas oportunidades - foram onze arremates do Bayern. Algo normal, por intensidade rival. Na metade decisiva, Luis Enrique, após alguns minutos, aceitou proposta de Guardiola, mantendo-se em defesa posicional até o último apito de Mark Clattenburg. Prova desta aceitação foi entrada de Jeremy Mathieu, transformando Javier Mascherano, um dos melhores do mundo nesta condição, em regista. Desta maneira, dois gols do time de Munique.

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O fim do jogo

Em duas partidas que consagraram Messi, ficou clara a desativação do lado esquerdo espanhol, que só é ativado pelo próprio. Porém, também foi a maior prova de que o 2015 do trio "MSN" é espetacular. Desequilibrantes em qualquer contexto. Para "Pep", sensação de que alcançou limite. Não era possível fazer muito mais, principalmente contra atual nível do Deus argentino. Agora, oficialmente, toda esta qualidade irá à Berlim. O Barcelona irá à Berlim.

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